Saiba o que é DAO, Organização Autônoma Descentralizada

O que é DAO? (sigla em inglês para Organização Autônoma Descentralizada). Não é um conceito novo para a comunidade de criptomoedas, pois faz parte do mercado desde de 2015, quando foi criada pelo até então Software Tester da Ethereum, Christoph Jentzsch.

Com o intuito de ser um um fundo de investimentos compartilhado, onde todos os contribuintes teriam direito ao voto de quais ações seriam tomadas, a DAO continuou ganhando forças até o momento em que abriram a venda dos seus Tokens de governança para novos investidores e o modelo passou a ser uma referência de transparência e gestão corporativa.

Desde então, as Organizações Autônomas Descentralizadas vêm recebendo cada vez mais destaque e já são consideradas uma das principais tendências para transformar o modelo de gestão de grandes companhias do mercado de cripto. 

Quer saber a fundo o que é DAO e como funciona essa tecnologia inovadora? Confira esse conteúdo completo que elaboramos para tirar todas as suas dúvidas.

O que é DAO, Organização Autônoma Descentralizada?

Para entender o que é uma DAO precisamos compreender, antes de qualquer coisa, como funcionam as organizações coletivas tradicionais.

Atualmente, a forma mais comum de gerenciamento de uma organização é através da hierarquia, onde os cargos mais altos definem quais serão as ações tomadas na companhia e, somente depois, é repassado para o restante dos colaboradores – seguindo um organograma pré-estabelecido.

Por sua vez, as DAOs ou Organizações Autônomas descentralizadas não dependem dessa hierarquia. Isso porque sua governança é feita pelos proprietários dos Tokens de governança de uma determinada plataforma e cada pessoa pertencente a esse grupo possui direito de votação na tomada de decisões.

Diagrama Explicando o que é DAO

Essa autonomia garante que a organização possa funcionar de modo independente, sem a necessidade da existência de cargos e, até mesmo, das estruturas de empresas como conhecemos hoje. 

O propósito das DAOs é justamente garantir a gestão da companhia através de contratos inteligentes (conhecidos como smart contracts) e algoritmos, que permitem assim, a descentralização das operações.

Para assegurar que as decisões serão voltadas aos interesses comuns, as DAOs têm suas regras baseadas em blockchain e incorporadas ao seu código.

Em outras palavras, isso significa que ninguém pode tomar atitudes baseadas em suas próprias vontades, dando a segurança de que nenhuma medida importante será tomada sem o consentimento do grupo. 

Como funcionam as DAOs no mercado de criptomoedas?

Como dissemos anteriormente, as DAOs usam regras baseadas na rede blockchain para criarem a estrutura da sua organização digital 100% transparente, já que qualquer pessoa do grupo pode verificar o código programado.

Em seu processo de criação, o grupo se reúne para estabelecer quais serão as regras da organização autônoma descentralizada, além da plataforma que a estrutura será feita e hospedada – sendo uma estrutura que suporte obrigatoriamente os smart contracts

O que começou a ser feito apenas na Ethereum, agora já conta com diversas opções como a própria Kanna, que ainda visa trazer um impacto ambiental recuperando solos contaminados com o uso do cânhamo.

Após a criação da DAO e das regras que vão determinar sua missão e princípios, são gerados os ativos da blockchain, conhecidos como tokens de governança, que serão disponibilizados para seus investidores e contribuintes.

Todos que tiverem seu Token poderão votar, com peso igual, nas tomadas de decisões da DAO, ajudando a direcionar quais serão seus próximos passos no mercado de criptoativos. Esse princípio é o que chamamos de governança compartilhada descentralizada.

Basicamente, as decisões mais importantes serão feitas em conjunto, seguindo as regras da automatização definidas no código da DAO.

O que é DAO no mercado de criptoativos e qual sua importância?

Geralmente a DAO é criada por uma comunidade que determina as suas regras no código que é aplicado em sua estrutura de blockchain, mas isso não significa que essas regras não podem ser alteradas.

Na maioria das vezes que uma mudança precisar ser feita, ela deverá ser votada e acordada por todos os membros do grupo.

Contudo, cada grupo pode estabelecer as regras da sua organização e, em alguns casos, podem ser eleitos alguns “líderes regentes” que possuem um poder de decisão maior para as realizar ações cotidianas de menor impacto e que podem ser resolvidas rapidamente. 

Sendo assim, um dos pontos mais importantes das organizações autônomas descentralizadas é o da transparência nas operações de negócios. Todos sabem o que será feito e quais são as regras da DAO.

Outro ponto positivo para esse novo modelo de organização é a sua independência das burocracias de países ou governos, já que pessoas de diferentes lugares do mundo podem contribuir.

Esses aspectos da DAO não só otimizam os processos complexos que demandam muito tempo e recursos da empresa, como também criam uma segurança maior para trabalhar ações financeiras com pessoas que você não conhece.

Com isso, já ficou claro como as DAOs impactam o mercado de criptoativos e porque são consideradas uma das grandes tendências na reformulação de governanças organizacionais para os próximos anos. Mas como funciona na prática?

Exemplos do que é DAO. 

Como dito no começo do texto quando falei sobre o que é DAO, esse modelo de Organização não é algo novo no mercado e já existem grupos autônomos funcionando com base nessa estrutura.

Segundo uma pesquisa feita pela DeepDAO, o número de DAOs ativas cresceu 660% em apenas um ano, passando de 10 para 76 organizações, em 2020. De acordo com o site da mesma empresa de análises, hoje esse número já soma 4.830 DAOs ativas em companhias dos mais variados segmentos.

Alguns exemplos das aplicações das DAOs são:

  • Instituições de caridade: Ao criar uma organização autônoma descentralizada para um projeto social ou ONG, é possível permitir que todos vejam as ações que estão em pauta e possam votar naquelas que devem ser financiadas.
  • Propriedade coletiva: Além de votar em quais ativos físicos ou digitais devem ser comprados, também é possível criar uma votação para definir como deverão usá-los posteriormente.
  • Empreendimentos e investimentos: Assim que acumularem um determinado valor em fundos, é possível definir com o grupo qual será o empreendimento que vão investir. Os lucros das ações podem ser divididos entre os contribuintes.
  • Rede de profissionais autônomos: Apesar de serem raros casos, algumas DAOs podem querer investir em espaços físicos para os colaboradores se reunirem. Essa decisão pode ser tomada por meio de uma votação que irá definir a relevância desse investimento.

Organizações autônomas como a MolochDAO, grupo centrado em financiar projetos na rede Ethereum, já estão atuando e permitem a associação de interessados que tenham experiência no mercado.

Mas ela não é a única. Muitas DAOs ainda estão por vir e, uma delas, é a Kanna: uma empresa de impacto socioambiental que utiliza a tecnologia da Blockchain e do Cânhamo para recuperar o meio ambiente. 

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Organizações Descentralizadas x Organizações Tradicionais

Agora que você entendeu o que é DAO, quero destacar suas principais diferenças das organizações tradicionais que, na grande maioria das vezes, seguem um sistema hierárquico de gestão. 

E por falar nisso, esse é o principal diferencial das DAOs, pois por serem descentralizadas, tendem a ser planas, permitindo que todos contribuam com seus votos e definam o rumo da organização.

Os votos são contabilizados automaticamente e não correm nenhum risco de serem alterados, garantindo a segurança e a democracia do grupo.

As organizações tradicionais, por sua vez, realizam mudanças de acordo com o que é decidido pelos cargos mais altos da empresa. Além de ser uma prática menos democrática, limita a ação e o poder de escolha de outras partes envolvidas na companhia.

Nesse caso, o risco de aprovação de mudanças que desagradam parte das pessoas envolvidas é grande, uma vez que algumas determinações que favorecem apenas investidores ou mesmo interesses individuais podem ser priorizadas.

Como investir em uma DAO?

Atualmente, existem diversas DAOs ativas no mercado e você pode encontrar aquela que mais faz sentido para seu investimento.

Contudo, um ponto de atenção que deve ser considerado são as regras que cada uma determina para seu grupo de contribuintes. Em alguns casos, você deverá cumprir uma série de pré-requisitos para poder participar da DAO, como ter experiência no mercado financeiro, negociações de NFTs, entre outras.

O que podemos esperar das DAOs

Como discutimos no texto, a criação e uso das DAOs no mercado de criptoativos está crescendo a cada ano. 

Com o aumento de interesse e melhorias constantes feitas nas tecnologias é esperado que muitas empresas encontrem no sistema de organização descentralizada uma nova forma de gestão para seus negócios – principalmente aqueles ligados ao mercado financeiro.

Sendo assim, vertentes como Metaverso, NTFs e até mesmo Web3 já são alvos das DAOs para investimentos de risco em projetos inovadores que devem impactar o mercado nos próximos anos.

Mas não é somente assim que as organizações descentralizadas estão sendo usadas. Empresas como a Kanna estão criando seu próprio Token ESG chamado KNN, que vai promover a valorização do ativo ao mesmo tempo em que gera impacto socioambiental por meio da recuperação de solos com o uso da cannabis.

Além disso, o projeto ainda visa melhorar a economia local com o uso do CDB na medicina e outras aplicações industriais do cânhamo.

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Os principais impactos da legalização do cânhamo

A cannabis precisa ser legalizada logo, caso contrário o Brasil só tem a perder e nós vamos te provar isso. Nesse artigo iremos explorar as propriedades e benefícios do cânhamo (espécie de cannabis) em 3 aspectos: o Ambiental, Econômico e Medicinal.

Contexto Histórico do Cânhamo

A cannabis pode ser chamada de diversas formas, entre elas cânhamo e maconha. Mas existe uma grande diferença entre essas duas: a quantidade de THC em sua composição. O THC é um composto presente na planta da cannabis, responsável por suas propriedades psicoativas.

O cânhamo é uma variedade de cannabis que normalmente apresenta menos de 0,3% de THC em sua composição. Ou seja, esse tipo de planta não causa nenhum tipo de alteração psicoativa, o famoso “barato”


O cultivo da cannabis vem sendo cada vez mais aceito e muitos países já aderiram à legalização por razões medicinais, econômicas, sociais e ambientais. Principalmente seu uso medicinal, que vem ganhando força após muitos anos de pesquisa e resultados positivos em tratamentos. Tanto é que em dezembro de 2020 a ONU reconheceu as propriedades medicinais da planta e removeu a cannabis da lista de entorpecentes muito perigosos, abrindo caminho para mais países aprovarem seu uso para fins terapêuticos, facilitando também o caminho para mais pesquisas relacionadas aos seus benefícios. 

Mas primeiramente, vamos entender por que o cânhamo foi proibido? 

A maioria das pessoas pode achar que é proibida simplesmente por ser uma droga e “fazer mal à saúde”. Mas a história vai muito além disso, afinal se esse fosse o caso, teríamos muitas outras substâncias e alimentos proibidos também. 

O cultivo da planta era incentivado pela Coroa Portuguesa no início da colonização. Muito antes de ser proibida ao redor do mundo, a cannabis era amplamente usada para produzir resina, combustível e papel. Como é uma planta de crescimento rápido, o cânhamo era responsável pela maioria do papel produzido no mundo por mais de 2 mil anos. Com a tecnologia de hoje, muitos outros fins já são explorados a partir de seu cultivo, como a produção de plástico, cremes dermatológicos e até alimentos com propriedades incríveis para a saúde. A lista de benefícios e aplicações aumenta a cada ano que passa.

Mas voltando à história…

Seu consumo como substância psicoativa passou a se disseminar entre escravos e índios. No final do século 19, seu uso passou a ser recomendado por médicos no tratamento de insônia, asma e bronquite. Hoje já sabemos também o poder que ela tem de auxiliar o tratamento de doenças como Mal de Parkinson, esclerose múltipla, epilepsia, ansiedade, depressão, entre outras.

E sabendo de todos os benefícios do cultivo, diversos países já nos provaram que a legalização funciona em diferentes aspectos, pois significa menos violência, menos gastos do governo e a abertura de uma nova fonte de taxação – super interessante para a economia. Agora, se isso é tão explícito e tão óbvio, por que não acontece? Por que continua sendo criminalizada e ilegal por grande parte dos países? Na verdade, os motivos misturam preconceito com minorias, racismo, interesses de indústrias e moralismos religiosos.

Legislação sobre o cânhamo no Brasil

Além dessas questões, que implicitamente colaboram para a proibição de seu cultivo, a legislação também é grande responsável pela proibição no Brasil e acaba sendo apoiada por grande parte da população que acredita ser prejudicial justamente por conta de preconceito e desinformação. Inclusive, o Brasil foi um dos países que votou contra a medida ONU de retirar a maconha da lista de drogas mais perigosas contrariando a recomendação da OMS. O governo brasileiro inclusive, chegou a dizer que a medida seria uma “estratégia comunista de poder”. Mas como mostra o mapa abaixo, a postura adotada pelo país na votação foi a mesma de países cujo governo é considerado mais autoritário como Rússia, Cuba e China.

Dentre os inúmeros benefícios que a legalização pode proporcionar para o país, alguns deles merecem grande destaque, são eles o ambiental, o econômico e o medicinal.

Impacto Ambiental

O vasto potencial do cânhamo na busca de um desenvolvimento cada vez mais sustentável. É uma fonte de matéria prima para muitas indústrias. Três fatores principais contribuem para sua popularidade nesse aspecto: facilidade e rapidez em seu crescimento, revitalização do solo e conversão de CO2 em biomassa. 

Em terras férteis, que é o caso do Brasil, o período de desenvolvimento do cânhamo da semeadura à colheita é de três a quatro meses. Com terra e clima propícios, a matéria-prima prima brasileira teria o menor custo internacional, competindo com a colombiana. 

De acordo com Dilsher Singh Dhaliwal, fundador da maior empresa de cultivo de cânhamo na índia, a safra requer relativamente poucos insumos: apenas fertilizantes orgânicos na semeadura, sem uso de agrotóxicos. 

Além do fácil crescimento, beneficia ativamente o meio ambiente 

A plantação de cânhamo tem a capacidade de ajudar a recuperar terras contaminadas e degradadas por meio de um processo chamado fitorremediação. Pesquisas também apontam a redução de erosão de solo e aumento de rendimento de outras plantas quando cultivadas em rotação. 

Revitalização do solo é uma das propostas da Kanna. E as áreas escolhidas para serem impactadas por ela não se favorecerão apenas da revitalização, mas sim de um conjunto de benefícios que incentivam o desenvolvimento econômico e ambiental de forma sustentável.

Tecidos feitos a partir do cânhamo também são mais duráveis e sustentáveis do que tecidos feitos de algodão, que precisam de muito mais água.

Papel feito de cânhamo é de melhor qualidade e requer um quarto de terra para produzir a mesma quantidade de celulose. Isso significa que é possível obter em menor tempo mais quantidade de papel por hectare, podendo ajudar a combater o desmatamento, além do fato de poder ser reciclado várias vezes. 

O cânhamo também está se tornando um substituto popular do plástico e é atualmente usado em Legos e peças de automóveis, por exemplo. Já sabemos que o plástico é uma das fontes mais destrutivas de poluição a nível mundial, sem exagero. O bioplástico, feito a partir do cânhamo, é uma alternativa 100% biodegradável e seu processo de fabricação não causa danos ao meio ambiente, ao contrário dos combustíveis fósseis usados pela maioria dos produtos de plástico produzidos atualmente. 

E ainda vem ganhando espaço

Seu uso vem ganhando espaço até na construção civil como uma alternativa ao cimento tradicional, que por sua vez possui uma mineração de areia ecologicamente devastadora. Conhecido como “hempcrete”, o material feito a partir do cânhamo é leve e ao mesmo tempo resistente, oferecendo excelente regulação térmica e controle de umidade.

Para veículos regulares, pode se tornar um biocombustível eficiente. Ao contrário da gasolina, o biocombustível é obtido a partir de organismos vivos e são normalmente misturados com combustível normal para criar um produto menos nocivo para o meio ambiente. 

Um hectare de cânhamo industrial pode absorver 63 toneladas de CO2, o que o torna um dos melhores métodos de conversão de CO2 em biomassa.


Como se não bastasse, por crescer rapidamente, um hectare de cânhamo industrial pode absorver 63 toneladas de CO2, o que o torna um dos melhores métodos de conversão de CO2 em biomassa. E é excelente para conter erosões e limpar o solo, retirando resíduos poluentes e até radioativos, sem que isso impacte em nada o seu desenvolvimento.

Potencial do Cânhamo no Brasil

De acordo com um estudo realizado pela empresa Kaya Mind, baseado no território cultivado e cultivável do país, foi feita uma projeção do potencial produtivo do cânhamo, de acordo com uma comparação feita com nações onde já existe a regulamentação. 

Em resumo, o cânhamo é considerado pela indústria um material consciente, que possui propriedades anti-inflamáveis, biodegradáveis e regenerativas. 

Medicina de Ponta

O uso da cannabis medicinal como tratamento alternativo já vem sendo estudado há décadas e é considerado um dos temas mais polêmicos da medicina. A luta pela liberação de seu uso enfrenta grande resistência tanto por parte de médicos quanto da sociedade como um todo, mesmo com evidências científicas que comprovam seus benefícios para o tratamento de diversas doenças, além do fato de ser um tipo de tratamento seguro.

THC E CBD 

A cannabis é uma planta com mais de 500 compostos químicos e mais de 100 canabinóides identificados. Dentre eles estão os mais comuns e estudados: o THC e o CBD

Assim como o THC, o CBD é um composto presente na planta. Só que diferente do THC, o CBD não possui propriedades psicoativas. Pelo contrário, é um produto amplamente utilizado em medicamentos e até alimentos com vários benefícios para a saúde e poucos efeitos colaterais. Apesar do CDB ser mais conhecido para o uso medicinal, o THC também tem o seu papel na saúde e pode auxiliar no tratamento de doenças como Mal de Parkinson, esclerose múltipla, epilepsia, ansiedade e depressão.

Além disso, os efeitos colaterais dos psicotrópicos típicos do THC podem ser melhorados combinando-o com uma dose de CBD. Por conta disso tem uma ampla janela terapêutica, incluindo dor crônica e neuropática, náusea e vômito, perda de apetite, inflamação crônica, entre outros.

Não resta dúvida que o CBD pode ser um poderoso aliado na saúde de muitas pessoas. Existem estudos em andamento sobre como o CBD pode ser usado no tratamento de câncer e efeitos pós-tratamento. 

Indústria do CBD

De qualquer forma, a indústria de CBD também já está ganhando espaço no mercado, se tornando um negócio global. Seus potenciais efeitos anti-inflamatórios e terapêuticos ajudam muitas pessoas que sofrem de doenças crônicas. De acordo com evidências preliminares, a cannabis pode ser um fator decisivo no tratamento de doenças potencialmente fatais e na atenuação dos efeitos colaterais de tratamentos médicos. 

Esse aumento de evidências clínicas, relatos positivos de pacientes e a (ainda muito baixa) cobertura da mídia estão contribuindo para o desestigma da cannabis, mas ainda é um longo caminho a se percorrer pois as leis do Brasil continuam retrógradas mesmo com o crescente aumento na autorização e importação do produto.

Além das propriedades psicoativas, outra diferença do CBD e do THC é o seu status legal no Brasil. Apenas o CBD é reconhecido como medicamento, embora países como Uruguai, Canadá, Estados Unidos e Portugal já usam a cannabis completa como tratamento médico. Lembrando que mesmo sendo legal, o uso do canabidiol só pode ser feito por pessoas que comprovem a sua necessidade. 

Regulamentação no Brasil

Vale lembrar que no Brasil não é permitido o cultivo e o uso da substância como forma de tratamento exige a importação tanto dos insumos para a produção quanto de medicamentos. Resultando no aumento dos preços e monopólio de empresas e indústrias, dificultando novamente o acesso da população. Mas existe uma alternativa, e é por isso que os habeas corpus preventivos para cultivo caseiro vem crescendo consideravelmente ao longo dos anos.

Apesar dos inúmeros benefícios comprovados e dos estudos e pesquisas em andamento, ainda há muito para ser descoberto. Sabemos que é um composto promissor e que os países que recusam a pesquisa e o teste estão perdendo uma grande oportunidade. Mas a luta tem que continuar, e é por isso que existem diversas associações que defendem o acesso dos pacientes ao tratamento, fomentando principalmente a informação e pesquisa sobre o assunto. Porque no final, quem paga o preço são os pacientes que não tem acesso ao medicamento.

A produção de CBD para tornar o produto acessível para os pacientes que precisam dele para seu tratamento é uma das propostas da Kanna, além é claro de promover a cultura de uma economia circular ao invés de linear.

Economia circular proposta pelo cânhamo

Economia circular proposta pelo cânhamo

Potencial Econômico do cânhamo

As possibilidades do uso da cannabis são gigantescas. Além do desenvolvimento de uma economia mais sustentável e do uso do CBD e até THC como aliados no tratamento de doenças, o cânhamo abre um leque de utilização industrial. No total, são mais de 25 mil possibilidades de aplicações, o que significa um mercado novo e cheio de oportunidades econômicas para o país. Na construção civil, por exemplo, suas fibras podem ser usadas junto com calcário em pó e água para criar um concreto alternativo. 

Aplicações do cânhamo

Demanda global crescente 

A maconha é a droga ilícita mais consumida do mundo. Nos últimos anos, experiências de legalização têm sido feitas com resultados promissores em lugares como o Uruguai e os estados americanos do Colorado e Washington. 

Um estudo da New Frontier Data, em parceria com a The Green Hub – rede especializada em inovação e tecnologia inteiramente voltada ao setor de cannabis – aponta que, apenas nos Estados Unidos, as vendas totais de cânhamo para a indústria movimentaram US$1,1 bilhão em 2018 e a estimativa é de chegar a US$2,61 bilhões até 2022. 

Por conta da atual pandemia global, o mundo inteiro sofre consequências econômicas. Tendo em vista esse cenário, muitos estados, países e até mesmo municípios estão recorrendo à cannabis legal e medicinal para compensar alguns desses problemas. A legalização da cannabis pode ajudar a alimentar esse mercado bilionário, refletindo na economia do mundo todo

A América latina, por exemplo, vem sofrendo grandes consequências. Legisladores da Colômbia, México e Paraguai pedem que seus países apostem na legalização da cannabis. Esse mercado pode proporcionar empregos adicionais e crescimento econômico, bem como exportações, podendo melhorar o bem estar e a qualidade de vida de suas populações. 

Impactos da regulamentação do cânhamo no Brasil

Um estudo da Câmara dos Deputados em abril de 2016, fez um documento sobre o impacto econômico da possível legalização da cannabis no Brasil, apontando que o impacto financeiro seria relevante. A arrecadação de impostos poderia financiar a saúde e a educação, como no estado de Colorado (EUA), beneficiar o avanço dos estudos na medicina e no tratamento de doenças que fazem o uso da planta. 

Segundo o estudo, é possível estimar a arrecadação tributária obtida com a legalização do consumo. Com uma política de impostos bem implementada, a Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados aponta uma arrecadação que varia entre R$5 e R$6 bilhões por ano. Além de uma economia de até R$1 bilhão em gastos relacionados à contenção do tráfico de drogas. 

No cenário nacional, a receita de cannabis – apenas medicinal – possui um potencial de atingir R$4,7 bilhões nos primeiros três anos de venda legal. Economistas apontam que o país poderia faturar entre R$10,7 a R$12,9 bilhões.

Ao contrário de dezenas de outras indústrias, o setor de cannabis experimentou um crescimento significativo em 2020, ignorando a crise global e batendo recorde. Depois de anos de incerteza dos investidores, os analistas estão prevendo um mercado com continuidade de alta em 2021. 

A questão é que o mundo está cada vez mais reconhecendo as possibilidades do cânhamo. A China, por exemplo, como uma das maiores potências do mundo já se tornou a maior produtora e exportadora de cânhamo mesmo com alguns produtos sendo ilegais em seu mercado interno. 

Rentabilidade muito acima da média

Uma prova da potencial valorização desse mercado é a rentabilidade de seu setor de investimentos. De acordo com um artigo da BPMoney, investir em cannabis pode ser tão rentável quanto investir em bitcoin

“O Bitcoin vem sendo considerado um dos investimentos mais rentáveis da década. A moeda que hoje é negociada na B3 já foi criminalizada e associada a diversas atividades ilegais, apesar disso, a criptomoeda nos últimos 4 anos saiu da faixa de R$ 1.700 para mais R$ 330 mil, alta de 19.411%. 

Um outro investimento que também já foi muito criminalizado, e ainda é em grande parte do globo, é a cannabis. Ela elevou seu patamar de droga ilícita para uma indústria séria e promissora, que segundo o Cointelegraph, promete ser tão rentável quanto o Bitcoin.

Com a sequência de mudanças na legislação, as empresas que atuam no setor de investimentos em cannabis viram ela chegar a valorizar mais de 161.900%.


A Kanna e o Cânhamo

Com o objetivo de juntar dois dos investimentos mais rentáveis dos últimos tempos – criptoativos e cannabis – lastreando o seu valor diretamente em impacto sócio-ambiental através de blockchain, a proposta da Kanna é de unir rentabilidade com sustentabilidade.

A popularidade da legalização cresce após a implementação. Segundo o YouGov, um grupo internacional de dados e análises de pesquisa com sede em Londres, a grande maioria da população dos estados legais consideram a mudança um enorme sucesso. Curiosamente, essa percepção está correlacionada com a passagem do tempo e a eficiência do sistema. Portugal, que descriminalizou todas as drogas há 15 anos, é hoje o país com as menores taxas de consumo entre jovens da Europa. 

Contudo, interessa ressaltar que, apesar de ter qualidades medicinais, o uso recreativo da maconha não é curativo ou isento de riscos. O que podemos ver a partir desses exemplos é que a princípio, pode não parecer uma boa idéia para a grande maioria das pessoas que ainda não enxergou todo o contexto. Mas é tudo uma questão de tempo, de educação e principalmente de disseminação de informação para colher esses benefícios. Bora apoiar o projeto? 

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